sexta-feira, 29 de maio de 2009

Dependências

Afinal, acreditamos no que vemos ou só vemos o que acreditamos?
O fato é que me sinto feliz e nesse momento eu quero abrir mão do meu ceticismo e apenas ser feliz.
Venho acordado muito mais criativo e sem nenhuma curiosidade de saber o motivo. Apenas estar.

Do que são feitos os sonhos? Você sabe? Pois eu acho que eles são sólidos o bastante para serem quebrados ao se chocarem com a realidade. Mas não tão maciços que não possam se reagrupar e retornar a sua origem.

E quem sabe se a vida não é composta desse ciclo de construção e desconstrução?

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Sofro.com

Querer sem saber se sou querido;

Esperar o que pode não vir;

Sonhar com algo que pode não se realizar;

Semear algo que pode não germinar;

Acreditar em algo impreciso;

Estar nessa condição a todo esse tempo;

E acima de tudo, sofro por não saber quando parar de sofrer.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Ha tempos

Sabe quando você quer ouvir uma música? Quando você idealiza essa vontade e a potencializa como sendo tão importante para sua existência como o oxigênio que vc respira? E que apesar de ter essa gana pelo ouvir você se mantém lúcido de que aquilo não é tudo em relação a sua vida mas sim o top daquele momento? Mas e quando o momento se repete mais e mais e vc não consegue saciar aquela vontade?

E só hoje, venho a encontrar a música que tanto quis ouvir novamente. Eu tive meu primeiro contato com ela no final do ensino médio e bastou para eu começar uma busca por algo que eu desconhecia todas as referências. Não sabia quem cantava, nem o nome da música e na época eu não entendia muito bem inglês para buscar por parte da letra. Nem a internet era tão rica quanto hoje em dia para aumentar minhas chances.

Hoje no trabalho eu lembrei de uma música da banda Freedom Call chamada The Eyes Of The World. Lembrei que eu tinha essa música e não estava mais no meu player. Pronto, fui pegar ela de novo e decidi baixar a discografia pra ouvir de novo.

E ouvindo os outros cds da banda foi que eu achei o timbre parecido com a tão preciosa música que eu a tempos procurava. Sim, realmente eu estava certo! O timbre era igual e finalmente minha busca por essa música havia acabado.

Lógico que essa busca tem um valor diferente do que um exame de DNA ou um encontro numa rodoviária com um ente distante. Pra mim é como se eu achasse um álbum de fotos guardado no fundo do armário da minha mente.

Como pode a música em si ter tanto poder? Será que foi realmente só a vontade de ouvir a música novamente que me fez despender essa energia em busca ou será que foi apenas a vontade de reviver aqueles momentos que eu sabia que a música me permitiria reviver?

Agora além de mais uma bela discografia no meu player eu tenho uma coleção de momentos memoráveis prontos para serem acessados em alguns clicks.

Rise up - Freedom Call


segunda-feira, 11 de maio de 2009

Thy majestie

Verdade! Ninguém quer aceitar e tememos pensar que sempre estamos sós ao esperar uma certeza para depois desferir o primeiro eu te amo.

Ninguém merece

Ninguém mereceria sofrer, ninguém merece.

Ninguém mereceria desde que não cultivasse, mas cultivam.

Mas existem os alguéns que cultivam outras coisas, coisas que ninguém que sofre merece.

Três pontos em augúrio e algumas moedas

Marcando ritmo a passos largos e ainda com as solas sujas de barro e ele persiste pela rota alternativa que o levaria mais rápido ao seu objetivo.

Junto a sua força de vontade está seu violino, suas palavras que quase nunca são ouvidas e algumas moedas. Nada de muito estranho nem muito nobre para um pobre violinista.

A certa altura da trilha, não tão perto do fim e nem tão longe das porteiras de casa mas longe dos galhos que os seus acordes atrapalham ele senta as margens de uma ruina. Descanso, melodia e sede saciada se misturam ao cheiro transpassado das romãs que trazia consigo.

A cena é triste, mas a canção é bela. Falando pouco de muito e muito de pouco sobre a grandeza dos pequenos e a avareza dos grandes. Com suas notas ele podia prever, sentir e transceder pois era verdadeiro em seu ser.

Mas sua música não era ouvida, quase nunca. Ou se era, não era pelos ouvidos certos de que poderia jogar-lhe alguns dobrões e algum sorriso morno. Mas não era ela quem escolhia sua platéia, nem ela escolhia ver seus concertos. Eles só estavam lá.

E ao final da canção ele se levanta devagar como quem não tivesse realmente a pressa de partir ou de chegar a algum lugar. Passo a passo ele se distancia do seu palco de hoje saudando sua platéia formada por esquilos, passaros e formigas que ali sempre estiveram.

domingo, 10 de maio de 2009

Celticismo

Uma vez eu vi uma imagem que me prendeu a atenção.

Era uma casa. Só uma casa.

Mas algo naquela simplicidade me atraiu. Algo que estava a beira do lago me cativou.

Seria certo pensar que somente a casa ou o sentimento de paz e sussego que o ambiente proporciona me faria reagir assim?

Ao olhar a imagem me veio a sensação familiaridade. Não lembro se entrei na casa, mas que já havia estado ali era fato.

Muitas vezes temos essas sensação ao ver uma imagem. Porque queremos isso. Queremos estar familiarizados, fazer parte de algo e estar em
alguma história a ser contada. Embora a imagem mostre um ambiente melancólico, cinza e frio ela também mostra que existe um caminho que vem de algum lugar quente.

Teoria

Acredita mesmo que fazendo tudo como sempre fez você conseguirá resultados diferentes?

Tá certo, então vamos tentar usar outras ferramentas!

Vamos combinar filtros diferentes e ver o quão diferente fica?

Esse não é um resultado bom? Quem sabe porque para você ser bom é ser algo a que você já está acostumado e tudo o que for diferente disso passa a ser duvidoso.

Assim como nessa imagem, em muitas partes de nossas vidas nos deparamos com tais escolhas:
fazer diferente ou seguirmos do nosso jeito.

Bem, sabemos que a vida é feita de escolhas.

Você pode não compreender por essas palavras exatamente. Mas no fundo ao seu entendimento você concorda. Mas, o que enriquece nossas escolhas se não a sensação de provar o diferente?